Arquitetura da informação x Criação de conteúdo

O que uma coisa tem a ver com a outra?

Tudo.

Você conhece o arquiteto da informação dos projetos que participa? Se ainda não conhece, para AGORA de ler este artigo, manda um WhatsApp e bora conhecer o coleguinha.

Mas por que esse drama todo?

Nós, UX Writers, precisamos estar grudados no arquiteto da informação. Unha e carne, sabe? Devemos ser uma dupla, já que um depende do outro.

Lembra daquela clássica pergunta: o que vem primeiro? O ovo ou a galinha? Então, no nosso contexto, a pergunta seria: o que vem primeiro? O texto ou a arquitetura da tela? A resposta é: os dois!

A arquitetura e o texto devem nascer juntos, a partir de uma cocriação entre o arquiteto e o redator.

Pra ficar mais claro, vamos para parte prática:

• Feedbacks

Os feedbacks, em um fluxo de telas, são importantíssimos para que os usuários consigam completar uma jornada sem dificuldades.

Sabe aquelas mensagens de erro que são produzidas para os cenários de exceção? Então, criar o texto de feedback, sem conhecer a tela, pode ser um tiro no escuro.

Existem várias formas de apresentar uma mensagem de erro. Ela pode aparecer embaixo de um campo, em uma tela apartada e também em forma de alerta. Veja alguns exemplos:

Tela do serviço de transferência do Aplicativo Bradesco.

Nessa imagem, o feedback é apresentado embaixo do campo. O espaço é menor, por isso, a mensagem deve ser curta.

Tela de erro do Aplicativo Livelo.

Na mensagem de erro acima, a orientação vem em uma tela apartada. O espaço para descrever o feedback é maior e a estrutura de texto é diferente (tem título, texto complementar e botões).

Tela de acesso a um banco digital.

Aqui, o feedback aparece em forma de alerta no topo da tela. Por ser um formato maior, é possível detalhar um pouco mais o erro.

• Botões

Os botões, assim como as mensagens de feedback, têm formatos diferentes. Por isso, seu texto precisa se adequar a ele.

• Modal

Cada dia que entro em um projeto novo, os designers apresentam um modal diferente. No momento, o meu preferido é aquele que sobe até a metade da tela.

Se o conteúdo for feito sem o conhecimento prévio do modal, pode ser que seu texto fique muito longo.

Tela com um modal ilustrativo.

A imagem anterior representa o modal que não ocupa todo o espaço da tela. É ótimo para ser aplicado quando queremos dar uma explicação rápida, já que o usuário, aparentemente, não sai da jornada — a tela escurecida, atrás do modal, dá a sensação que ele continua na mesma etapa, só deu uma “fugidinha” pra ler um conteúdo adicional.

Esses foram apenas três exemplos em que o conhecimento da arquitetura faz muita diferença na hora da produção dos conteúdos.

Se a gente não conversar com os arquitetos nem ficar por dentro das tendências, nossos textos não vão acompanhar a estrutura dos novos componentes que surgem por aí.

Então, a dica é: fazer amizade com arquiteto/designer, marcar cocriações e, antes de começar a produzir seu texto, descobrir onde ele vai ser publicado.

Ah, os prints das telas anteriores são apenas exemplos, ok? Os textos não foram produzidos por mim.